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2024
​PÚBLICO - ABERTO - GRATUITO - ONLINE

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QUEM TEM MEDO DE SAPATÃO?

Em um mundo que muitas vezes tenta silenciar, marginalizar e reprimir as vozes das diversidades, afirmar-se como sapatão é um ato de coragem, resistência e revolução. É desafiar os estigmas, os preconceitos e os padrões de uma sociedade que insiste em impor normas restritivas de gênero e sexualidade.

Sapatão é mais do que uma identidade; é uma afirmação política, uma declaração de resistência contra a opressão e a marginalização. É desafiar o patriarcado, o machismo e a cisheteronormatividade, afirmando o direito de amar e viver livremente, sem medo de ser quem somos.

As histórias das sapatões são histórias de resistência e luta. Desde as heroínas anônimas que desafiaram o sistema para viverem suas verdades até as líderes e ativistas que lutam pelos direitos LGBTTQIAPN+ em todo o mundo, cada sapatão é uma pequena chama de revolução, iluminando o caminho para um futuro mais inclusivo e justo.

Em nossa aula inaugural, a conversa terá como disparador o tema das lesbianidades, que será pensada em sua pluralidade, sendo tomada como forma de nomear processos de subjetivação relativos à identidade de gênero, sexualidade, identidade política, considerando assim, também seus marcadores raciais. Acreditamos que a reunião dessas vozes nos permitam amplificar os entendimentos estanques e cristalizados sobre o que é ser sapatão.

 

Não há como falar em existências lésbicas enquanto vivências homogêneas, portanto o debate interseccional é fundamental para que possamos discutir e pensar o espectro das diferenças dentro dos coletivos.

 

O principal objetivo do nosso encontro será o de oferecer maior contato com o tema das lesbianidades a quem pretende trabalhar com a escuta clínica, mas, para além dele, objetivamos pensar de forma conjunta nos desafios e problemáticas na construção de políticas públicas mais igualitárias.

 

Bora conhecer nossas convidadas?

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Saiba um pouco mais sobre as nossas palestrantes:

M.a Valdecir Nascimento

Valdecir Nascimento - Tem 64 anos, filha de Oxossi , nasceu nas palafitas de Alagados, no bairro do Uruguai, em Salvador. Aos 20 anos entrou no Movimento Negro Unificado (MNU). No MNU participou da criação do Grupo de Mulheres do MNU, o GM.

Desde então dedicou sua vida à luta de combate ao racismo. Aos 32 anos entrou na Universidade Federal da Bahia (UFBA) para cursar história. Hoje,  historiadora e mestra em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), já foi coordenadora executiva do CEAFRO - Programa de Profissionalização de Jovens e Adolescentes Negros do CEAO/UFBA (1995).

Também foi consultora do Programa de Combate ao Racismo Institucional no Brasil (PCRI - 2006); superintendente de Política Para as Mulheres da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia - (SEPROMI/2008 a 2010); Professora substituta da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB/ 2009/2010); Notório saber do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR - 2012/2014); é fundadora do Odara- Instituto da Mulher Negra; compõe a Secretaria Executiva do Fórum Permanente Pela Igualdade Racial (FOPIR); é Coordenadora do Brasil na Red de Mujeres Afrolatinoamericanas, Afrocaribeñas y de la Diáspora.
 

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Palestrantes Convidadas

Samantha Medeiros

Samantha Medeiros Ferreira, mulher branca, cisgênera e sapatão. Psicóloga (CRP07/30137) e psicanalista. Pós-Graduada em Psicanálise e Relações de Gênero (IPPERG). Ativista na Rede de Ativistas e Pesquisadoras Lésbicas e Bissexuais do Brasil (Rede LésBi) e na Jornada Lésbica Feminista Antirracista de Porto Alegre.

Voluntária na Parada Livre POA. Está conselheira na atual gestão do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul/CRPRS (2023-20225) onde preside a Comissão de Direitos Humanos. Também representa o CRPRS no Conselho Estadual LGBT do RS integrando a mesa diretora.

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M.a Roberta Gomes

Roberta da Silva Gomes, mulher negra - filha de um casal interracial -, cis, sapatão, de àse, trabalhadora, feminista, ativista no movimento social negro e psicóloga clínica e social (CRP07/25126). Mestra em Psicologia Social e Institucional pela UFRGS (2023). Pesquisa feminismos negros, políticas da memória e saúde mental da população negra.

 

Integra o Coletivo bell hooks: formação e políticas do cuidado, vinculado à UFRGS. Fundadora e integrante do Instituto Cultural Aya Psicologia. Foi conselheira no Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul/CRPRS (2019-2022), presidiu a Comissão de Relações Étnico-raciais do CRPRS. Possui experiência com Acompanhamento Terapêutico (AT)  e com a Política Nacional para a População em Situação de Rua. Atuou na Política de Assistência Social no município de Porto Alegre/RS, no Ação Rua, com a abordagem social para População em Situação de Rua.

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Dra. Bruna Irineu

Professora do Departamento de Serviço Social, do Programa de Pós-Graduação em Política Social e do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFMT. Bolsista Produtividade em Pesquisa Pq-2 do CNPq. Junior Faculty Visiting Scholar Fulbright 2023-2024 na The City University of New York (CUNY). Pós-doutora (2022) e Doutora (2016) em Serviço Social pela UFRJ. Mestre em Sociologia pela UFG (2009). Bacharel em Serviço Social pela UFMT (2006). Foi Presidente da Associação Brasileira de Estudos da Trans-Homocultura (2019-2021).

É editora fundadora da REBEH (Qualis CAPES A2). Coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Relações de Gênero - NUEPOM/UFMT onde desenvolve projetos de pesquisa e extensão sobre gênero, sexualidade e formação profissional e Serviço Social; violência e saúde LGBTI+; memória LGBTI+ e feminismos na América Latina; ativismos LGBTI+ e tecnologias digitais; direitos sexuais e políticas públicas; diversidade, equidade e empregabilidade. Autora de mais de 100 artigos, capítulos, livros e coletâneas, dentre eles: "Nas tramas das políticas públicas LGBT: um estudo crítico da experiência brasileira (2003-2015)", publicado pela EdUFMT, em 2019; "Sexualidades e Serviço Social: perspectivas críticas, interseccionais e profissionais", coletânea co-organizada e publicada pela EdUFJF, em 2023; "Diversidade sexual, étnico-racial e de gênero: temas emergentes", coletânea co-organizada e publicada pela editora Devires, em 2020.
 

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